É a primeira vez desde novembro de 2005 que o mercado brasileiro de ações encerra um pregão abaixo dos 30 mil pontos. Foi a quinta queda seguida da Bovespa. A cotação do dólar comercial encerrou o dia com recuo de 3,14%, a R$ 2,255 na venda.
A Bovespa operou em queda moderada na maior parte do dia, mas ampliou as perdas no final, quando as Bolsas dos Estados Unidos passaram a cair com mais força. O índice Dow Jones, referência do mercado nova-iorquino, fechou com queda de 2,42%; o Nasdaq, do setor de tecnologia, caiu 2,97%.
O pessimismo em relação às possibilidades de recessão mundial provocou queda no preço das commodities, o que afetou as ações da Petrobras e da Vale. De acordo com dados preliminares, os papéis preferenciais da estatal caíram 11,22%, enquanto os da mineradora recuaram 8,2%.
O medo prevaleceu entre investidores, que aguardam a divulgação de importantes dados econômicos nesta semana. Entre eles estão a definição da nova taxa de juros brasileira, pelo Copom (Comitê de Política Monetária) na quarta-feira, e o PIB (Produto Interno Bruto) trimestral dos Estados Unidos, que sai na quinta-feira.
No Brasil, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a economia brasileira estaria apta a absorver "com tranqüilidade" um rombo de até US$ 20 bilhões em perdas das empresas em operações com derivativos de câmbio. Ele afirmou, ainda, que prevê uma recessão mundial e pediu para os brasileiros consumirem.
O Bradesco anunciou que obteve lucro de R$ 6 bilhões no acumulado do ano, alta de 3,4% sobre o mesmo período do ano passado.
Mesmo com a crise financeira internacional, o resultado do Bradesco no terceiro trimestre deste ano foi o terceiro maior da história do setor bancário, segundo dados da consultoria Economatica.
O Itaú, a exemplo do que o Unibanco havia feito na sexta-feira (dia 24), antecipou a divulgação dos seus principais resultados trimestrais.
O lucro do Itaú caiu 30,2% no terceiro trimestre, em comparação com o verificado um ano antes. Há que se considerar, no entanto, que os ganhos do Itaú entre julho e setembro do ano passado foram os maiores já obtidos por um banco brasileiro em um terceiro trimestre. O banco anunciou que tem R$ 2,4 bilhões a receber em derivativos cambiais.
Com a divulgação dos resultados, os bancos conseguiram em certa medida frear a queda nas ações.
Fonte: UOL
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