segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Bolsa de valores despenca 6,5% e fecha abaixo de 30 mil pontos pela 1ª vez em três anos

 A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em baixa de 6,5% nesta segunda-feira, aos 29.435,11 pontos. No mês, a perda acumulada da Bolsa é de 40,6%; no ano, de 53,9%.

 É a primeira vez desde novembro de 2005 que o mercado brasileiro de ações encerra um pregão abaixo dos 30 mil pontos. Foi a quinta queda seguida da Bovespa. A cotação do dólar comercial encerrou o dia com recuo de 3,14%, a R$ 2,255 na venda.

 A Bovespa operou em queda moderada na maior parte do dia, mas ampliou as perdas no final, quando as Bolsas dos Estados Unidos passaram a cair com mais força. O índice Dow Jones, referência do mercado nova-iorquino, fechou com queda de 2,42%; o Nasdaq, do setor de tecnologia, caiu 2,97%. 

 O pessimismo em relação às possibilidades de recessão mundial provocou queda no preço das commodities, o que afetou as ações da Petrobras e da Vale. De acordo com dados preliminares, os papéis preferenciais da estatal caíram 11,22%, enquanto os da mineradora recuaram 8,2%. 

 O medo prevaleceu entre investidores, que aguardam a divulgação de importantes dados econômicos nesta semana. Entre eles estão a definição da nova taxa de juros brasileira, pelo Copom (Comitê de Política Monetária) na quarta-feira, e o PIB (Produto Interno Bruto) trimestral dos Estados Unidos, que sai na quinta-feira.

 No Brasil, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a economia brasileira estaria apta a absorver "com tranqüilidade" um rombo de até US$ 20 bilhões em perdas das empresas em operações com derivativos de câmbio. Ele afirmou, ainda, que prevê uma recessão mundial e pediu para os brasileiros consumirem. 

 O Bradesco anunciou que obteve lucro de R$ 6 bilhões no acumulado do ano, alta de 3,4% sobre o mesmo período do ano passado. 

 Mesmo com a crise financeira internacional, o resultado do Bradesco no terceiro trimestre deste ano foi o terceiro maior da história do setor bancário, segundo dados da consultoria Economatica. 

 O Itaú, a exemplo do que o Unibanco havia feito na sexta-feira (dia 24), antecipou a divulgação dos seus principais resultados trimestrais. 

 O lucro do Itaú caiu 30,2% no terceiro trimestre, em comparação com o verificado um ano antes. Há que se considerar, no entanto, que os ganhos do Itaú entre julho e setembro do ano passado foram os maiores já obtidos por um banco brasileiro em um terceiro trimestre. O banco anunciou que tem R$ 2,4 bilhões a receber em derivativos cambiais. 

 Com a divulgação dos resultados, os bancos conseguiram em certa medida frear a queda nas ações.

Fonte: UOL

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